domingo, 8 de maio de 2011

Revolução Liberal Portuguesa de 1820-Antecedentes

   Entre 1807 e 1810, Portugal sofreu três invasões dos exércitos franceses, em consequência da sua antiga aliança com os Ingleses.

   De facto os portugueses mantinham boas relações económicas com Inglaterra, país com o qual a França estava em guerra. Por isso, em resposta à hesitação dos Portugueses em cumprir o Bloqueio Continental, Napoleão Bonaparte organizou três campanhas militares contra o território nacional, que foram travadas com a ajuda dos militares ingleses.

   Com as invasões napoleónicas, a família real portuguesa, receosa de ser feita prisioneira, parte para o Brasil e instala-se no Rio de Janeiro. 



   Como a família real estava ausente, o general inglês Beresford passa a governar em Portugal, com o pretexto de organizar e garantir a defesa contra aas tropas francesas.

    As consequências das invasões francesas foram muito más para Portugal. À perda de vidas humanas, à destruição, às pilhagens de bens, aos abusos, juntaram-se a ruína da agriculura e da frágil indústria. Portugal via, assim, agravar-se a situação económica e alastrar o descontentamento da populaçaõ.



   Em 1808, sob a pressão dos Ingleses, o Príncipe regente, D.João, decreta a abertura dos portos brasileiros ao comércio internacional. Esta decisão teve repercursões muito negativas nos negócios da burguesia portuguesa, já que, até essa data, este grupo social tiverao monopólio desse comércio.

   Ao desagrado da burguesia, que sofria a concorrência inglesa, juntava-se a revolta de outros grupos sociais coma situação que se vivia em Portugal. Os políticos e os militares tinham dificuldade em aceitar a administração do reino nas mãos dos Ingleses, que ocupavam agora cargos de comando. O povo, cada vez mais sobrecarregado de impostos, desamparado pela ausência do rei, sentia-se governado por estrangeiros.

   Entretanto, os ideais liberais da Revolução Francesa tinham chegado a Portugal durante as invasões e através de organizações secretas, como a Maçonaria, que ajudaram à sua difusão. De Espanha, chegavam também os ecos de uma nova experiência política: desde 1812 que os Espanhóis tinham aderido ao liberalismo.

   Tudo se conjuga para o início de uma conspiração e para o fim do regime absolutista em Portugal.


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